2008/11/15
O mar em poesia
O Mar
Conheço teu agitado marulho
tua voz de barítono
conheço tua zangada pronúncia
tuas lanças arrojadas pelos braços da tormenta
conheço tua suave dança
na onda calma e inumerável
na crista transformada em súbita canção de espumas
conheço-te na beleza da baía amanhecida
na hora melancólica do crepúsculo
e no teu dorso enluarado.
Me deste a paisagem das águas litorânea
se a espuma se estendendo sobre a areia
me mostraste a nudez e o encanto das praias solitárias
a preamar e a vazante
e o teu perfil de mastros e gaivotas
me deste a magia do horizonte
uma vela solta ao vento
e um barco de papel para os meus sonhos
mas nunca me mostraste
a extensão azul dos teus domínios
e nem um indício sequer dos teus enigmas.
Marinheiro sem mar e sem destino
nunca pude navegar tuas distâncias.
Deste banquete
me deste apenas o paladar salgado dos meus versos
minha sílaba de sal
e a tua própria essência salpicada entre meus dedos
molécula elementar
unânime cristal
para que na minha dieta imprescindível
eu possa provar teu sabor todos os dias.
Manoel de Andrade
Conheço teu agitado marulho
tua voz de barítono
conheço tua zangada pronúncia
tuas lanças arrojadas pelos braços da tormenta
conheço tua suave dança
na onda calma e inumerável
na crista transformada em súbita canção de espumas
conheço-te na beleza da baía amanhecida
na hora melancólica do crepúsculo
e no teu dorso enluarado.
Me deste a paisagem das águas litorânea
se a espuma se estendendo sobre a areia
me mostraste a nudez e o encanto das praias solitárias
a preamar e a vazante
e o teu perfil de mastros e gaivotas
me deste a magia do horizonte
uma vela solta ao vento
e um barco de papel para os meus sonhos
mas nunca me mostraste
a extensão azul dos teus domínios
e nem um indício sequer dos teus enigmas.
Marinheiro sem mar e sem destino
nunca pude navegar tuas distâncias.
Deste banquete
me deste apenas o paladar salgado dos meus versos
minha sílaba de sal
e a tua própria essência salpicada entre meus dedos
molécula elementar
unânime cristal
para que na minha dieta imprescindível
eu possa provar teu sabor todos os dias.
Manoel de Andrade
2008/11/03
Os conselhos da titi Graça
Para fazer omeletes muito mais fofas e leves, é só adicionar uma pitada de maisena antes de bater os ovos.- Para ver se a temperatura do óleo já está no grau desejado, é só colocar um quadradinho de pão na panela. Quando o pão ficar corado e crocante, é sinal de que o óleo estará no ponto ideal para a fritura - Para bolos, é melhor usar ovos médios do que grandes. Ovos extragrandes fazem com que os bolos abaixem quando frios.
Estrela do Mar
Sou uma estrela do mar
Quando me vi ensopada
para mim foi o fim do mundo.
Do mesmo jeito que aqui
os anjos vêm ajudar
no fundo do mar também
estão a nos amparar.
E um deles sorridente
foi chegando displicente
segurando minhas mãos
a lenda veio contar.
Disse-me enternecido:
- Sei que gostavas do céu
de piscar e de brilhar
mas poderá um dia voltar.
De alegria eu sorri feliz
e o sorriso sempre dá jeito
meu anjo, que era um aprendiz
pôs-se a contar-me o meu pleito.
Você não veio do céu
de livre e espontânea vontade
e nem vai ficar ao léu
por toda a eternidade.
O que sofreu foi um castigo
que é dado a todas as estrelas
que cobiçam os parceiros
das estrelas companheiras.
Sei que você não é má
foi apenas um descuido
mas estava a desejar
um amor que é proibido.
Agora tem que esperar
o seu próprio amor chegar
porque é a única maneira
de poder ao céu voltar.
Meu rosto banhado em pranto
sufocava entre as algas
e um peixinho cor-de-rosa
acariciava-me a alma.
Outros menos coloridos
devagar se aproximavam
queriam me ajudar
mas nenhum pode me amar.
Por isso eu peço agora
aos que estão a me ler
se o seu coração é livre
por favor, venha me ver.
Eu estou aqui nas pedras
não mais no fundo do mar
as ondas mantém-me viva
mas eu vivo a chorar.
Tudo porque desejei
ter alguém para me amar
e agora o que eu preciso
é ver esse alguém chegar.
Tenho séculos à frente
mas não agüento aguardar
a minha alma é transbordante
de tanto amor para dar.
Posso lhe esperar?
Tere PenhabeItanhaém, 19/02/2004_9:50hs - Imagem e poema retirados da Net
que um dia foi do céu
não estou mais a brilhar
mas não é este o meu lugar.
Quando me vi ensopada
lá no fundo triste e escuro
sem brilhar e sem mais nadapara mim foi o fim do mundo.
Do mesmo jeito que aqui
os anjos vêm ajudar
no fundo do mar também
estão a nos amparar.
E um deles sorridente
foi chegando displicente
segurando minhas mãos
a lenda veio contar.
Disse-me enternecido:
- Sei que gostavas do céu
de piscar e de brilhar
mas poderá um dia voltar.
De alegria eu sorri feliz
e o sorriso sempre dá jeito
meu anjo, que era um aprendiz
pôs-se a contar-me o meu pleito.
Você não veio do céu
de livre e espontânea vontade
e nem vai ficar ao léu
por toda a eternidade.
O que sofreu foi um castigo
que é dado a todas as estrelas
que cobiçam os parceiros
das estrelas companheiras.
Sei que você não é má
foi apenas um descuido
mas estava a desejar
um amor que é proibido.
Agora tem que esperar
o seu próprio amor chegar
porque é a única maneira
de poder ao céu voltar.
Meu rosto banhado em pranto
sufocava entre as algas
e um peixinho cor-de-rosa
acariciava-me a alma.
Outros menos coloridos
devagar se aproximavam
queriam me ajudar
mas nenhum pode me amar.
Por isso eu peço agora
aos que estão a me ler
se o seu coração é livre
por favor, venha me ver.
Eu estou aqui nas pedras
não mais no fundo do mar
as ondas mantém-me viva
mas eu vivo a chorar.
Tudo porque desejei
ter alguém para me amar
e agora o que eu preciso
é ver esse alguém chegar.
Tenho séculos à frente
mas não agüento aguardar
a minha alma é transbordante
de tanto amor para dar.
Posso lhe esperar?
Tere PenhabeItanhaém, 19/02/2004_9:50hs - Imagem e poema retirados da Net
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