2019/07/25

Descoberta embarcação afundada há 500 anos no Mar Báltico


Um grupo de investigadores descobriu um barco que se terá afundado há cerca de 500 anos, no Mar Báltico, junto à costa da Suécia. A embarcação em causa encontra-se em bom estado de conservação, algo que terá resultado das próprias condições daquele mar, dado que as águas do Mar Báltico são particularmente salgadas e geladas.
À Sky News, arqueologistas da universidade de Southampton que integraram a equipa de investigadores que fez a descoberta, realçam que estes destroços são, provavelmente "os mais bem preservados daquela época a terem sido descobertos em tempos recentes". A embarcação terá sido identificada pela primeira vez num sonar das autoridades marítimas suecas mas só no início deste ano é que foi identificada como sendo de particular significado histórico.
Os investigadores estão ainda a tentar apurar o tipo de embarcação em causa e o que aconteceu à tripulação. Uma das hipóteses avançadas é que o barco poderá ter sido abandonado após a tripulação ter sido atingida por uma doença. Rodrigo Pacheco-Ruiz liderou esta expedição que contou com a colaboração da universidade de Southampton, da Deep Sea Productions e do Instituto de Investigação Arqueológica Marítima da Univesidade de Soderton (MARIS).
A embarcação, por enquanto, recebeu o nome de 'okant skepp', expressão sueca que significa "navio desconhecido".

2019/07/12

por  a 16/11/2017

Quercus enumera os 10 principais problemas dos oceanos

Estima-se que 8 milhões de toneladas de lixo por dia chegam aos oceanos por ação do Homem.
80% da poluição marinha tem origem em terra, com consequências desastrosas na biodiversidade marinha.
No Dia Nacional do Mar, a Quercus destaca os 10 principais problemas a afetar os Oceanos:
1)     Sobreexploração da pesca
Estudos indicam que há uma considerável redução nas populações de algumas espécies de peixes. Como exemplo, a sobrepesca do bacalhau nas águas do Canadá quase levou à extinção deste peixe e a pesca da sardinha em Portugal que tem recomendações de organismo científico internacional para que termine totalmente já este ano. Para além da sobrepesca, também existe uma grave falta de gestão da atividade ou incumprimento de regras. Falta de definição das dimensões dos animais ou da época de captura o que permita a captura de juvenis ou fêmeas com ovos são alguns dos problemas recorrentes.
2)     Captura excessiva de espécies com ciclos de vida longos, tais como alguns tubarões e atuns
Algumas destas espécies são utilizadas para culinária de luxo ou com fins de terapias alternativas para tratamentos de saúde (exemplo, a barbatana de alguns tubarões é muito apreciada na Ásia). As espécies no topo das cadeias alimentares têm, normalmente um ciclo de vida mais longo, com reprodução mais espaçada, logo menos resistente à recuperação das espécies.
3)     Aquacultura não sustentável
A aquicultura intensiva no mar promove a proliferação de agentes poluentes nas águas marinhas. A produção de peixes e bivalves implica a utilização de antibióticos e outros produtos químicos, alguns deles tóxicos para o ecossistema. Esta situação é facilmente visível nas águas da Ásia devido à produção intensiva de amêijoa vietnamita.
4)     Lixo
A quantidade de lixos deixados nas praias ou atirados para as linhas de águas terrestres, tais como rios e ribeiras, têm como destino final o oceano. A situação é mais grave quando se tratam de resíduos não biodegradáveis, tais como os plásticos, que se vão fragmentando em partículas mais pequenas, os microplásticos, e que são confundidos com alimento por muitas espécies marinhas.
Os microplásticos presentes em produtos de higiene e de limpezas domésticas e industriais também terão os mesmos destinos.
As ilhas de lixo de plástico são já uma realidade em algumas zonas dos oceanos.
5)     Aquecimento das águas
O aumento da temperatura dos mares causa imensas alterações nos ecossistemas marinhos, com consequências gravosas e letais para muitas espécies. É também responsável por alteração de rotas migratórias provocando desequilíbrios nas cadeias alimentares. Para se ter uma noção, o aquecimento de 0,5ºC nas águas dos recifes de coral, provoca a sua morte. Os recifes de coral saudáveis funcionam como “maternidades” e zonas de abrigo para variadíssimas espécies usadas na alimentação humana e das quais dependem algumas comunidades de povos pescadores.
6)     Poluição
Muitos fertilizantes e pesticidas utilizados sistematicamente na agricultura acabam por ir parar ao oceano. Alguns desses produtos provocam alterações irreversíveis e fatais para as espécies (por exemplo, afetam no processo de reprodução). Além disso, se ingeridos pelo ser humano podem trazer problemas de saúde ao mesmo.
7)     Concentrações elevadas de mercúrio
O mercúrio em excesso causa doenças graves nos seres vivos e no Homem. É um poluente que se acumula na cadeia alimentar (bioacumulação) e chega ao Homem através da ingestão de peixes, e que em excesso pode causar graves doenças. Daí o consumo de determinados peixes dever ser regrado, como o peixe-espada preto, o atum, entre outros.
8)     Destruição de habitats
Existem habitats muito importantes como local de abrigo para a reprodução, por exemplo as pradarias marinhas e as florestas marinhas, que estão a ser destruídas por várias causas, entre as quais a utilização de artes de pescas agressivas como a pesca de arrasto.
9)     Obras de engenharia e extração de petróleo
Todas as alterações do meio marinho provocadas por construções, perfurações em profundidade, e tantas outras (incluindo a poluição sonora) causam, alterações no habitat, provocam perturbações várias e produzem poluentes. Estes fatores contribuem para a destruição do habitat e comprometem a sobrevivência das espécies marinhas.
10)   Acidificação dos Oceanos e corais
Algumas das mudanças verificadas com as alterações climáticas ao nível dos oceanos implicam alterações do Ph, devido ao aumento da concentração de CO2 na atmosfera. Esta situação é bem notória nas zonas tropicais, onde os ecossistemas marinhos são extremamente sensíveis e ricos em biodiversidade, e cujos habitats estão a sofrer alterações que se podem revelar irreversíveis, nomeadamente do caso dos recifes de corais.
Lixo no fundo dos Oceanos
Por todos estes motivos a Quercus pede aos responsáveis políticos que acelerem e tornem mais ambiciosos os planos para a criação de Áreas Protegidas Marinhas e que invistam fortemente na redução das fontes de poluentes marinhos.
Imagens retiradas da net

Bahamas is the true paradise of the Caribbean



Fotos retiradas da net

2019/07/11

Euronews
Procuram-se cemitérios de baleias na Costa Oeste dos Estados Unidos. Várias baleias cinzentas estão a morrer. Tantas que cientistas e voluntários estão a lidar com as carcaças em estado de decomposição e pedem praias particulares emprestadas, para que estes gigantes oceânicos se possam decompor em paz.
"Quanto ao cheiro disseram entre um mês a dois. Já passou um mês. E o cheiro está realmente a diminuir. Mas o que mais me impressionou e foi muito triste...foi o sangue que lhe saía dos olhos. Era como se tivesse chorado lágrimas de sangue"    Mario Rivera -Voluntário
Uma das hipóteses é que esta população de baleias pode ter atingido um limite no meio ambiente, provocando uma onda de fome. Outra teoria menciona o aquecimento global, como possível causa da morte destas baleias cinzentas do Pacífico Norte - que deixaram de ser consideradas uma espécie ameaçada, em 1994.
Imagem retirada da net


A água do mar mais quente que se tem registado este mês, com 2ºC acima do habitual nesta altura do ano, resulta de um fenómeno atmosférico que impede a movimentação habitual das camadas de água no oceano.
Informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgada hoje indica que uma depressão a oeste da Península Ibérica condiciona o vento na costa ocidental portuguesa e está a impedir a circulação até à superfície de água fria das zonas mais profundas, movimentação oceânica designada como afloramento costeiro, que produz também o enriquecimento da água superficial com nutrientes.

"Nas regiões onde ocorre o afloramento costeiro, a temperatura da água do mar é mais baixa, visto que a sua origem está em camadas mais profundas do oceano e o vento predomina de norte ou noroeste. Entre os dias 01 e 08 de julho, a existência de uma depressão centrada a oeste da Península Ibérica condicionou o regime de vento junto à costa ocidental portuguesa, predominando o vento oeste ou sudoeste, não permitindo que o fenómeno de afloramento costeiro ocorresse", refere o IPMA.

Em consequência, os valores da temperatura da água do mar à superfície têm sido mais elevados que os valores normais para esta época do ano em cerca de dois graus celsius.

Segundo o IPMA, "em julho, os valores da temperatura da água do mar à superfície foram da ordem dos 18ºC e superiores a 19°C nos primeiros dias do mês".

As observações da temperatura da água do mar em tempo quase real são obtidas através da rede de boias multiparamétricas do Instituto Hidrográfico, uma vez que o IPMA não dispõe de boias para monitorização da temperatura da água do mar à superfície, mas recorre também a sistemas de deteção remota

Jornal de Notícias - 09 Julho 2019 às 20:49