2010/03/29
Poema ao Mar
Percorro as tuas ondas
Cada sílaba de sal
Cada acento do teu corpo
Com água envolto
Percorro as tuas costas
Unhando-te como um peixe faminto
E tens tanto pra me dar!
Em batidas cardíacas aceleradas
Ondas mágicas que me roçam a boca
Percorro tua face que o sol faz arder
Em salinas santas de marés
E nado para ti como um bebê no ventre
E me fazes plena!
Eu te tenho amor, meu mar!
E sou a concha que ao ouvido escuta teu gemido
levitando em mim com ares de imponência
Sou do mar a cúmplice que nada fala
Segrego no corpo o desejo
Do prazer que me dás!
(Ledalge, Salvador)
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